2006
| De Benguela à Ganda são 6 horas, com os troços menos estragados feitos a 80Km/h. O movimento ao longo da estrada surpreende, com gente, motas, carros e camiões a aparecer e desaparecer entre nuvens de poeira. Em Catengue, uma tabuleta da Lugomaco vai dizendo que a estrada está em reparação. Na cidade da Ganda são muitos os indícios de recuperação, com grandes obras que depois de prontas ficam entregues a si próprias. Os telemóveis funcionam nas fazendas mais próximas e quase até ao Alto Catumbela, as avenidas exibem candeeiros novos, há cerveja fresca, pão quente, gasolina e até uma escola de condução. A igreja foi recuperada e as obras da antiga escola Armindo Monteiro estão quase concluídas. Marcos de cimento anunciam que a pista de aviação foi desminada, enquanto cafezais cobertos de pó teimam em dar fruto. O Caminho de Ferro aguarda a recuperação a curto prazo pelos chineses. A serra do 'Ndongo (Buçaco) lembra no horizonte a fragilidade dos homens. |
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