Só agora consegui descobrir os "mistérios" do Sombreiro. Por certo que a maioria da nossa gente desconhece os "segredos" do seu cume.
A "roda" é uma rocha com cerca de 5 metros de espessura e 50 de diâmetro. Como se encontra apioada numa base de argila, a erosão vai evidenciando, cada vez mais, o tal "sombreiro".
Cerca de 1.000 metros antes do morro (o acesso faz-se pela estrada da Caota), onde existem agora as antenas da TPA, acaba a estrada, em terra batida, que está em óptimo estado. O restante trajecto faz-se a pé, sobe-se uma escadaria em cimento até à base da cúpula.
Havia uma escada em ferro com 20 a 30 metros na parte final, que está destruída. É necessário fazer uma ligeira escalada - nada de alarmante - pelas pedras, até ao topo ( o mais difícil é descer).
Foi com muita emoção que pude vislumbrar a Baía de Santo António e Benguela. Do lado oposto avista-se uma pequena praia junto à base do morro. Não se consegue ver a Caotinha nem a Baía Azul.
Seguem algumas fotos. Talvez sirvam para esclarecer a muita gente "os mistérios do sombreiro".
Subi, também, o morro que separa a Baía Azul da Baía Farta. Fui até às antenas dos telemóveis (Unitel e Movicel) e desci a uma praia onde se pratica pesca submarina. Desci à Baía Farta onde tirei várias fotos.
Deste vez, vi tudo isto, despido da emoção da primeira vez. Agora senti-me verdadeiramente na MINHA TERRA. Já tenho Cartão de Eleitor de cidadão angolano.
José Cardoso |