O edifício centenário da Estação do Cabo Submarino, completamente destruído por um incêndio de grandes proporções na madrugada de 28 de março de 2015,
funcionava como sede das direcções provinciais da Cultura e da Família e Promoção da Mulher em Benguela.
Conhecido nos últimos anos pelo edifício da Cultura, estão quase esquecidos o Cabo Submarino e a Escola Alemã, Deutschen Schule Benguela, com o Sr. Diretor Herr Von Marschall, as brincadeiras em alemão a caminho da Praia Morena, a Barbara e o Hans, a Roica e a Anne Christine, a Muki, a Filomena, as gémeas Susanne e Brigitte, a Mépi e a Luisa... Foi no tempo do Camacovo, o comboio malandro, que nas férias grandes se enchia de estudantes de regresso às fazendas do interior. Mas o Cabo Submarino é bem mais antigo. Foi há 125 anos, em 1889, que a CS Scotia lançou os cabos telegráficos pela costa ocidental africana. A West African Telegraph Company, na cidade do Cabo, ficou ligada a Mossâmedes, em Angola. No mesmo ano, a IRGP estendeu o cabo de Mossâmedes a Benguela e a Luanda. Quatro anos depois o cabo dava literalmente a volta ao mundo, revolucionando as comunicações. Hoje, Benguela tem as manhãs cheias de crianças a caminho da escola e tem a funcionar a Universidade Katyavala Bwila, com Faculdade de Direito, Faculdade de Economia, Faculdade de Medicina e Instituto Superior de Ciências de Educação (Isced). O sector controla cinco universidades orgânicas na província de Benguela e uma no Kwanza Sul com milhares de estudantes e centenas de trabalhadores, entre docentes e não docentes. |