Constituída por escritura lavrada a 1 de Abril de 1955, a CCUP foi oficialmente autorizada a instalar a sua indústria em Angola, a 17 de Abril de 1957. Numa 1ª fase, pretendia-se atingir uma produção nominal de 60 ton./dia de pastas e de 25 ton./dia de papeis diversos. Os atrasos, dificuldades e imprevistos foram muitos. Só no final de 1961, se conseguiram produções experimentais e, em 1963, o volume da produção de pasta não tinha chegado a 80% da capacidade de produção da máquina. No que se referia a papéis, nem aos 15% se tinha chegado. Em 1964, após empréstimos contraídos no mercado financeiro, falava-se em acabar com uma das mais extrordinárias experiências de fixação interior de populações. A situação arrastou-se até que, em 1967, foi apresentado aos grandes accionistas um estudo de rentabilização, preconizando a ampliação da produção de pasta para 110 ton./dia, seguida de nova ampliação para 400 a 500 ton./dia. Foram encomendados imediatamente os equipamentos necessários e, em 1969 os objectivos iniciais tinham sido cumpridos. Em 1973 foi constituída no Lobito a Celangol, com o objectivo de instalar ao lado da velha CCUP uma nova unidade produtiva de pasta branqueada de eucalipto saligna de 800 ton./dia. Para o fornecimento de matéria prima, proceder-se-ia à florestação de 100.000 ha de terreno. Mas vicissitudes várias do processo de independência de Angola, obrigaram a adaptar o projecto a novas circunstâncias. Em 1979 a denominação social da Celangol é alterada para Soporcel - Sociedade Portuguesa de Celulose, e, a 1 de Outubro de 1984 a nova fábrica inicia a produção comercial de pasta, não no Alto Catumbela, mas em Portugal, na Figueira da Foz. |